Mário Júnior: a força de uma voz madura que renasce no sertanejo com verdade, emoção e uma história de superação
- Paulo Henrique Borges
- há 2 dias
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Atualizado: há 2 dias
Cantor goiano lança novo projeto autoral, resgata suas raízes e apresenta ao público uma trajetória marcada por fé, resiliência e identidade única.

A música sertaneja sempre foi território fértil para histórias marcantes — e a do cantor Mário Júnior Pereira da Silveira, conhecido artisticamente como Mário Júnior, é uma das que nascem da verdade, atravessam desertos e encontram novamente o seu tempo de florescer. Aos 44 anos, natural de Goiatuba (GO), mas criado em Rondônia desde os três anos, o artista vive agora sua fase mais madura e promissora. Recém-chegado a Goiânia, ele se dedica integralmente à música com uma convicção que nunca foi tão forte: “Agora ninguém me para, em nome de Jesus.” ressalta Mário.
Casado, tranquilo, simples e empático, Mário carrega um caráter firme e valores que refletem na maneira com que trata as pessoas e na forma como se entrega à arte. Em sua rotina fora dos palcos, divide-se entre a faculdade de música, estudos vocais, academia e cuidados com saúde mental e espiritual. Em suas horas vagas, gosta de ir ao parque, cozinhar, tocar violão e, principalmente, buscar inspiração nas histórias reais que dão vida às suas composições.
A história musical de Mário começa dentro de casa, ainda criança, ouvindo seus pais apaixonados pelo sertanejo raiz. Ao mesmo tempo, sua irmã trazia para o ambiente familiar músicas modernas, nacionais e internacionais, criando um contraste que se tornaria um dos pilares da sua versatilidade musical.
Essa mistura de mundos transformou seu ouvido e ampliou seu repertório. Não à toa, suas referências incluem Bruno & Marrone, Milionário & José Rico, mas também Elvis Presley e Rod Stewart — combinação rara, que explica seu timbre forte, marcante e emocional.
Seu primeiro instrumento foi o violão, companheiro de todas as fases da vida. Ele desenvolveu a técnica de forma natural, enquanto a interpretação e a afinação foram aprimoradas com aulas de canto ao longo dos anos.
A dor da perda, o silêncio da música e um recomeço escrito pela fé
Aos 13 anos, quando compôs sua primeira música, Mário já sabia que a arte faria parte de sua vida. Porém, a perda do pai o abalou profundamente e interrompeu seu sonho naquele momento. Sem alternativas, precisou trabalhar cedo para se sustentar, enfrentou mudanças entre estados brasileiros, viveu nos Estados Unidos e conheceu de perto a dificuldade de conciliar sonhos com a realidade dura.
Ele conta que ouviu muitas vezes frases como: “Que legal que você ainda sonha com isso nessa idade.” Mas hoje encara essas palavras com maturidade e visão espiritual: “Os planos de Deus não acontecem no nosso tempo. A vida não tem fórmula. Cada um vive seu processo.”
Com o passar dos anos, Mário entendeu que não havia desistido da música — apenas precisava amadurecer. E esse amadurecimento se tornou seu maior diferencial.
Seu primeiro show aconteceu já adulto, em Cuiabá, no projeto “Viva o Seu Bairro”.
A partir dali, começou a se apresentar em eventos particulares, conquistando espaço devagar, mas sempre com boa recepção do público. As pessoas rapidamente perceberam algo nele: um timbre bonito, limpo, forte, único, que se diferencia pela emoção entregue em cada interpretação.
Mas o caminho não foi fácil. Mário enfrentou: inveja, críticas e portas fechadas; inúmeros “nãos” falta de apoio profissional e psicológico; altos custos de produção; dificuldade de encontrar pessoas que acreditassem em seu potencial. Apesar de tudo, ele persistiu.
Entre as diversas experiências vividas, uma delas marcou Mário de forma inesquecível. Anos atrás, em São Paulo, ele estava no Estúdio Mosh, prestes a gravar suas primeiras músicas inéditas. Enquanto aguardava os músicos chegarem, viu também a equipe de Gusttavo Lima chegando ao local.
De repente, um carro parou bruscamente e uma pessoa encapuzada desceu armada aos gritos de: “Perdeu! Perdeu!”
Todos se jogaram no chão, apavorados. Em segundos, o clima mudou quando o “assaltante” tirou o capuz: era Gusttavo Lima, brincando com a equipe.
O segurança do cantor havia se afastado para ir ao banheiro — e, por pouco, a brincadeira não terminou de forma trágica. O susto foi tão grande que Mário não conseguiu gravar mais nada naquele dia.
Hoje, Mário Júnior se define artisticamente como um cantor de sertanejo romântico, porém misturando elementos de raiz, MPB e referências internacionais. Seu estilo é reconhecível pela: interpretação intensa e emocional, timbre marcante e diferenciado, capacidade de transformar histórias reais em canções, presença de palco forte e verdadeira, versatilidade para transitar entre estilos sem perder identidade.
Seu grande xodó atual é a música “Sou Feliz Agora”, que ele considera sua faixa mais representativa, por traduzir quem ele é, o que vive e como enxerga sua jornada.
Um novo capítulo: projeto autoral com mais de 30 músicas próprias
Atualmente, Mário vive uma fase de produção intensa. Ele trabalha em um projeto autoral completo, com mais de 30 composições, algumas já prontas e outras em finalização. Trata-se de um dos maiores passos de sua carreira, agora com planejamento, maturidade e identidade consolidada.
Embora já tenha gravado um DVD com quatro faixas há cerca de três anos, ele afirma que este novo momento é completamente diferente — mais autêntico, profissional e alinhado com o artista que se tornou.
Suas parcerias, por enquanto, são com músicos e produtores independentes, mas ele sonha alto: um dos seus maiores desejos é um dia gravar com Bruno & Marrone, dupla que sempre admirou.
Fora dos palcos, Mário busca equilíbrio entre estudo, saúde e espiritualidade. Acredita que um artista emocionalmente forte transmite mais verdade e consegue se conectar de forma mais profunda com o público.
Sua motivação principal é simples e poderosa: viver da música e construir sua família.
Com olhos voltados para os próximos anos, Mário tem objetivos claros: Lançar seu projeto autoral com excelência. Consolidar sua carreira como cantor e compositor. Viver exclusivamente da música em 5 a 10 anos. Levar suas canções para todo o Brasil. Construir um legado sólido, verdadeiro e emocional.
Para ele, essa nova fase não é um recomeço qualquer — é a confirmação de que valeu a pena acreditar, esperar, aprender e finalmente florescer.
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